Foram encontrados, ao longo do Passeio Marítimo de Algés, detritos de amianto espalhados e misturados com as pedras usadas nas bases desta infraestrutura, que se mantém ali abandonados há anos, às intempéries, força das marés e acessíveis a quem passa.
Portugal tem até 21 de dezembro de 2025 para transpor para a Legislação portuguesa a Diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho, publicada em 22/11/2023, dedicada à proteção dos trabalhadores contra os riscos de exposição ao amianto, que introduz medidas mais apertadas na gestão do amianto, e que diz que, no caso concreto dos resíduos contendo amianto: os resíduos contendo amianto devem ser recolhidos e removidos do local com a maior brevidade possível, em embalagens fechadas apropriadas, com etiquetas ostentando a menção de que “contêm amianto”.
Esta Diretiva é fruto de anos e trabalho, audições e redigida à luz das mais recentes informações técnicas disponíveis, conhecimentos científicos especializados pertinentes e uma abordagem equilibrada, com dados científicos relativos aos efeitos do amianto na saúde, tendo em conta também a avaliação exaustiva do impacte socioeconómico, numa perspetiva da prevenção, proteção e responsabilização.
O amianto é um agente cancerígeno altamente perigoso, que continua a afetar vários setores económicos, como a renovação dos edifícios, as indústrias extrativas e produtivas, a gestão de resíduos, o combate a incêndios, entre outras, em que os trabalhadores correm o elevado risco de exposição.
Vários têm sido os alertas dos munícipes de Oeiras sobre a presença de resíduos de amianto em vários locais do concelho, como é o caso do Passeio Marítimo de Algés.