As licitações para o navio de passageiros, que foi comprado em 2018 pelo grupo hoteleiro britânico por 3,9 milhões de euros, deverão começar nos 1.8 M€. Há rumores de que a embarcação – que permaneceu atracada em Lisboa desde que foi comprada – será desmantelada. Segundo um ativista que tem acompanhado a situação nos últimos dois anos, existem “cerca de 100 toneladas de amianto em estado friável, nomeadamente os tipos de fibra crisotilo, amosite e tremolite” a bordo, que foram identificados por uma auditoria de substâncias perigosas.
A exportação de resíduos perigosos, como o amianto, de Portugal para países em desenvolvimento é proibida pelo Regulamento de Envio de Resíduos da UE. O Paquete Funchal está ainda registado sob a bandeira de Portugal. De acordo com o artigo 6.º do Regulamento de Reciclagem de Navios da UE (UE) n.º 1257/2013, os armadores devem assegurar que os navios com bandeira da UE destinados a serem desmantelados, sejam apenas reciclados em instalações que constam na Lista Europeia. No entanto, o novo comprador pode procurar contornar o regulamento, trocando a bandeira portuguesa por uma bandeira não-UE.